segunda-feira, dezembro 12, 2011 | Autor: Ebenézer Teles Borges
Concluí hoje a leitura do livro "O Óbvio que Ignoramos", do jornalista e filósofo brasileiro Jacob Pétry. Fui induzido a essa leitura por um artigo publicado na revista Veja, semanas atrás, que me levou a pensar que encontraria algo que lembrasse obras como "Previsivelmente Racional" e "Freakonomics", as quais li e apreciei imensamente. Talvez eu tenha lido o artigo da Veja sem a devida atenção...

Reconheço que o livro é interessante. O autor articula bem as ideias e  recorre à história de personalidades conhecidas como Einstein, Kennedy, Sylvester Stallone, entre outros, o que torna a leitura agradável. Mas pra mim ficou bastante óbvio que se trata de um livro de auto-ajuda, e não era isso o que eu estava buscando.

Também não apreciei a frequente recorrência feita, pelo autor, à vida da modelo Gisele Bundchen, que é citada em todos os capítulos. Sem dúvida, ela é um exemplo de sucesso, mas fiquei com a sensação de que o autor exagerou na dose.
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segunda-feira, dezembro 05, 2011 | Autor: Ebenézer Teles Borges
Recentemente me entretive com a leitura do livro "Alex no País dos Números". O autor, que faz de si um personagem, leva-nos em viagem pelo mundo resgatando história e instrumentos ligados ao universo da matemática. A leitura é, em sua maior parte, agradável e leve, chegando a apresentar pitadas de bom humor em algumas passagens.

Fato interessante que convida à reflexão está relacionado aos índios mundurucus que habitam a Amazônia brasileira e que desconhecem números acima de cinco (entendam que essa é uma tribo que alcançou certo grau de sofisticação, já que há outras na própria região amazônica cuja contagem não vai além do "um", "dois" e "muitos"). Os mundurucus não contam o tempo. Tal ideia não faz sentido para eles, assim como também não faz sentido dizer "eu tenho seis filhos". Seis? O que é isso? Pra que serve? Para que contar? Que diferença faz?

Para nós que vivemos esta realidade impregnada de números e cálculos na qual até os segundos são contados, é difícil acreditar na existência de contextos semelhantes aos dos mundurucus nos quais a pressa não existe e a vida ainda flui em consonância com o ritmo imposto pela natureza!
sábado, dezembro 03, 2011 | Autor: Ebenézer Teles Borges
O ano caminha a passos largos para o fim. Caminha não; corre! Corre não; voa! Onze meses já se foram e a contagem regressiva para o réveillon foi iniciada. Para mim, enquanto amante decorrida de rua, conto quantos quilômetros faltam para atingir a marca dos 1500 quilômetros rodados no ano.

Até aqui foram percorridos 1.429 quilômetros. Faltam poucos para alcançar a meta.

quarta-feira, novembro 02, 2011 | Autor: Ebenézer Teles Borges
Acabei de devorar o livro "Guia politicamente incorreto da história do Brasil" e o recomendo a quem queira apreciar uma leitura leve e estimulante a respeito de alguns capítulos "consagrados" da história de nosso país.

Se o que o autor apresenta é verdade (e há razões para suspeitar que possa ser), então não é seguro confiar cegamente em tudo que nos foi ensinado e que se encontra registrado em muitos livros (alguns dos quais usados em sala de aula) a respeito de nossa história e de alguns de seus personagens centrais. Um belo exemplo é o do "pai da aviação", Santos Dumont. Você sabia que ele só é reconhecido como o inventor dessa máquina de voar em um único país? E você sabe que país é esse?

É bom perceber que esse e outros livros (Ex: 1808, 1822), que abordam a nossa história, têm figurado entre os mais lidos pelos patrícios. No mínimo isso me leva a crer que estamos nos interessando mais pela nossa história. Isso é bom! Espero que essa onda de interesse, de curiosidade, ganhe força e se transforme em uma tsuname que nos aproxime das verdades de nossas raízes, até porque, como diz o velho chavão, "povo que não conhece sua história está condenado a repeti-la".


domingo, outubro 30, 2011 | Autor: Ebenézer Teles Borges
Neste mês recebi a visita indesejada de uma velha conhecida, a dor na panturrilha. Por segurança reduzi o volume e a freqüência dos treinos. É provável que, nos próximos meses, siga a mesma estratégia até me ver totalmente livre dessa "presença" desconfortante. Só então voltarei a aumentar o volume.

Foram apenas 59 Km, de um total de 1.291 percorridos ao longo deste ano.


domingo, outubro 16, 2011 | Autor: Ebenézer Teles Borges
De repente, como num passe de mágica, o tempo se acelera e, num piscar de olhos, uma hora vira fumaça. É assim que, no dia mais curto do ano, começa o horário de verão. Há quem goste dele; há quem o odeie. A motivação para sua existência é econômica, vem de cima, uma imposição, de modo que não há alternativa a não ser a adaptação.

Particularmente, gosto do horário de verão, da ilusão despertada em mim de que nele os dias se alongam e conseguirei chegar mais cedo em casa. E me pego pensando que agora terei tempo para dar uma corridinha à tarde, ou fazer sei lá o quê que nunca é feito porque os dias normais, aparentemente mais curtos, me negavam a oportunidade de realizá-las.

Hoje, por exemplo, o dia rendeu. Às 6:00h já estava correndo. As ruas do bairro, ainda vazias, pareciam indicar que muitos se esqueceram de adiantar o relógio. Se bem que, aos domingos, muitos paulistanos aproveitam para acertar a conta com Morfeu e, convenhamos, o tempo feio, frio, chuvoso, era um convite quase irrecusável para seguir o exemplo do Sol e relegar o primeiro dia do horário de verão ao esquecimento.

Embora aprecie o horário de verão, há algo que me incomoda nessa história toda: é a lembrança de que o horário de verão começa em meados de outubro e isso significa que o ano está a um passo do fim... Mas o ano não começou outro dia? Como é que já estamos em outubro? Como pode ter passado tão depressa? Não sei... Já procurei em vão por meios eficientes capazes de por freio nessa rapidez insana com que o tempo insiste em fluir. Pra que tanta pressa? Pra onde vai tão veloz? Está atrasado? Sei lá... Até parece que o tempo é paulistano... Disso não gosto! Eu, se pudesse, reduziria a velocidade do tempo pela metade e, aí sim, esses dias de horário de verão seriam grandes o bastante para que neles pudesse resgatar aqueles muitos "quês" que aguardam na longa fila da "falta de tempo" pelo momento utópico em que possam vir a acontecer.

Mas não dá pra frear o tempo! E o domingo já passou, num piscar de olhos! Eu até já me preparei para o dia seguinte (vulgo "segundona brava"), que colocará, de fato, o horário de verão na vida de todos que o amam ou odeiam.

Feliz horário de verão para todos!
sexta-feira, outubro 14, 2011 | Autor: Ebenézer Teles Borges

O vídeo acima é um excelente documentário sobre a urbanização de São Paulo, uma cidade que nasceu e prosperou inicialmente entre de dois rios (Tamanduateí e Anhangabaú) e que, em seguida, virou as costas para eles em nome do progresso. De igual modo, outros rios foram ocultados das vistas, canalizados, aleijados de seus leitos naturais, cedendo espaço para o "desenvolvimento urbano".

Esses rios, embora ocultos de nossos olhos, continuam a existir e dão sinal de vida nos verões - alagando ruas, reivindicando espaço, ceifando vidas, instaurando o caos...

Conheça um pouco mais da história dessa cidade e de sua infeliz e insensata relação com seus rios. Separe vinte e cinco minutos de seu tempo para assistir a esse documentário. Você certamente não irá se arrepender!

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