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sábado, julho 16, 2011 | Autor: Ebenézer Teles Borges
Estou sem inspiração para escrever. Minha amizade com as letras vem se esvaecendo. Já não somos íntimos, se é que em algum dia o fomos. Por isso, quase não passo mais aqui para dar forma aos pensamentos, construir expressões e registrá-los em palavras. Mas hoje... hoje não dá para me manter distante e calado. Preciso escrever!

Os tempos mudaram. Caneta, lápis e papel são coisas do passado. Hoje é tudo digital. Bits e bytes abandonaram as sombras sinistras do anonimato e se transformaram em atores principais no palco iluminado ocupado pelos computadores. Caneta e lápis cederam lugar aos teclados de notebooks e às telas sensíveis a toque das novas estrelas em ascensão, os tablets.

Os tempos mudaram, fluíram, passaram: horas formaram dias, que se combinaram em semanas, que se acumularam em meses, que se fundiram em mais um ano de vida – mais um aniversário. Por isso, aqui estou, sem canela ou lápis, deslizando os dedos sobre o teclado suave de um notebook e registrando esse momento, não em papel e sim nas páginas virtuais do caderno digital da internet.

"Feliz aniversário para mim"! É o que digo, ou melhor, escrevo, ou melhor, digito.

Os dicionários definem aniversário como "algo que vem, que chega, que volta, que se faz a cada ano" (Houaiss). Essa palavra deriva do latim annus (ano) e versum (voltar, virar). Mas etimologia tem a ver com o passado, com a origem da palavra, e não com seu significado subjetivo e subjacente àquele que, neste dia, se vê completando mais um ano de vida.

Para uns, aniversário é sinônimo de festas e presentes. Para outros, encontros com pessoas. Para outros ainda, um momento de recolhimento e introspecção. E há aqueles que vêem no aniversário apenas um passo a mais em direção ao fim indesejado e inevitável.

E para mim, o que é completar mais um ano de vida?

Talvez seja um pouco de tudo isso aí. Mas esse aniversário, em especial, veio marcado por uma atitude positiva em relação à vida. Eu disse "atitude" e não apenas "reflexão". Vivo um momento único (e existe algum momento que não seja novo ou único?). Decisões têm sido tomadas, escolhas têm sido feitas e, embora o caminho à frente não se mostre nítido e claro, a disposição para prosseguir, para seguir adiante, mantém-se firme e forte.

Para mim, a vida é uma dádiva, um presente. Gosto da palavra "presente" porque, além de designar este momento no tempo ela também quer dizer "brinde", "graça", "dádiva", "algo que nos é ofertado". Aniversário é um momento para celebração dessa dádiva, a dádiva de estar aqui agora.

Numa rápida consulta à internet, encontrei dados do IBGE do ano de 2007. Os números não são atuais mais servem como referência para uma rápida reflexão. Naquele ano nasceram 2.750.836 no Brasil e morreram 1.046.135. Caso esses números tenham sido mantidos, entre o aniversário anterior e o atual, morreram mais de um milhão de pessoas em nosso país, mas nós – você e eu – ainda estamos aqui, presentes, respirando.

A vida é bela e breve, preciosa e frágil. Um mistério que nos surpreende, arrebata e assusta. Um convite à aventura. Viver é bom, mas nem sempre é fácil. Às vezes, viver dói – e como dói! A despeito disso, viver sempre vale à pena. E esse presente, essa dádiva, a oportunidade de ainda estar aqui – às vezes sob a luz fulgurante, quente e dourado do sol, outras vezes sob o brilho pálido, frio e prateado da lua – que eu faço questão de comemorar hoje.

Mais um ano de vida completo hoje. Ano de lutas, de algumas conquistas e algumas derrotas; de paz temperada com pitadas de angústias; de certezas frágeis e dúvidas resistentes; de superação. Chego aqui com saúde e disposição para prosseguir. Às vezes sinto medo, mas os anos de experiência têm me ensinado a lidar melhor com ele, a encará-lo nos olhos e fazer cara de bravo, a despeito do friozinho na barriga.

Hoje, olho pra trás com gratidão e pra frente com esperança e fé. Ainda sinto o enorme desejo de encontro tempo – mais tempo – para fazer aquilo que me apraz. Eis aí uma meta para o novo ano que acaba de começar.

Hoje é meu dia, então, sem falsa modéstia, desejo a mim mesmo um "feliz aniversário" porque eu mereço! (rs)

Agradeço aos amigos que ligaram, digitaram recados em redes sociais, enviaram sinal de fumaça, etc. Valeu!
sexta-feira, julho 16, 2010 | Autor: Ebenézer Teles Borges
Trezentos e sessenta e cinco dias é o tempo necessário para que o planeta Terra dê uma volta em torno no sol. Que há de especial nisso? Não sei. Talvez nada... Sei apenas que usamos esse ciclo para marcar o tempo e damos a ele o nome de "ano".

Um ano atrás eu comemorei aqui meu aniversário. O tempo passou depressa. Muito depressa. Parece até que voou... E aqui estou, outra vez, preparando-me para apagar novamente as velinhas.

Quantas coisas mudam em um ano! Algumas conquistas, alguns fracassos: surpresas e sustos! Mas o mais importante é que completo mais um ano de vida com saúde e disposição para encarar outros tantos que – queira Deus – possam vir pela frente.

Por um lado, não há como negar que estou ficando velho. Velho? Não gosto dessa palavra. "Velho" talvez combine com outros, mas não comigo. Também não me identifico com a palavra "idoso" e reluto em empregá-la aqui. Por isso, com sua licença e paciência, permito-me trocá-las por outra que considero mais apropriada para esta ocasião: Estou ficando mais "experiente"! E é essa experiência que me tem aconselhado insistentemente a aproveitar a vida. É ela que me diz que a vida é curta e frágil. Cada badalada no relógio do tempo nos fere e a última nos há de matar...

A vida é frágil - frágil e bela. Se tento protegê-la em demasia, ela se atrofia e pende para a morte; se, por outro lado, procuro vivê-la com muita intensidade, ela dá sinais de exaustão e se inclina para a morte. Se me ponho a viver de forma discreta e equilibrada, mesmo assim a vida passa, simplesmente passa, e se aproxima dos braços da morte... Socorro! Não dá pra fugir da morte?

Seja como for, vamos vivendo! Vamos correndo! Às vezes tropeçando e outras vezes caindo. Já caí tantas vezes!

Mas hoje não quero pensar nessas quedas e sim nas tantas vezes que consegui me levantar, sempre amparado por mãos amigas, verdadeiros heróis que teimam em apostar em mim. Gostaria muito de presenteá-los, nesta dia especial, com algo de grande valor, mas não posso. Sou pobre. Então, que "Deus lhes pague"!

Além dos amigos, registro aqui minha gratidão aos familiares (que também são amigos) e que estão sempre por perto, compartilhando comigo do cardápio variado que a vida nos serve. É bom saber que, para vocês, eu sou mais que um número: tenho um nome, um rosto, uma história e muito valor!

E tenho uma companheira muito especial, que, por opção e falta de juízo, está sempre comigo. Ela é um exemplo vivo de resistência, fé e sanidade mental duvidosa. Opa! devo apressar-me em me explicar, antes que uma crise conjugal ponha fim aos festejos deste aniversário: Os anos vão passando e ela continua ao meu lado (quanta resistência!), e continua acreditando e investindo em mim (quanta fé!), e mesmo me conhecendo tão bem, sabendo quem eu realmente sou e tendo ciência desse meu "lado negro" que eu sempre procuro ocultar, ela não se assusta, não treme e nem pensa em fugir (quanta loucura!). Posso estar enganado, mas ao que me parece, ela prefere enxergar esse meu "lado negro" como um discreto pano de fundo no qual se destacam estrelas cintilantes, luas prateadas, sóis dourados... (insana!!!)

Enfim, mais um ano se passou! E o melhor: Mais um ano está começando!

A vida continua! Feliz aniversário para mim, mais uma vez!
segunda-feira, janeiro 25, 2010 | Autor: Ebenézer Teles Borges
Quase meia noite. Tenho pouquíssimo tempo para registrar aqui meus parabéns a esta cidade que hoje comemora 456 anos de existência. São Paulo, hoje é seu dia! Que posso dizer desta cidade que ainda não tenha sido dito?

Na falta de tempo (e de criatividade), serei repetitivo. Para mim, São Paulo é a cidade dos contrastes: tão imponente com seus arranha-céus e, ao mesmo tempo, tão frágil perante a chuva que cai do céu. Tão grande e, às vezes, tão medíocre. É amor e ódio. Vida e morte. Multidão e anonimato. Encontros e desencontros. Uma encruzilhada... São Paulo: dolorosa convivência, difícil separação.

São Paulo... Aqui cheguei há muito tempo. Fui ficando... Pensei muitas vezes em ir embora. Não consegui. São Paulo me conquistou, não sei bem como. Fez de mim um amante fiel. Hoje só penso em ficar um pouco mais e, se sair, não quero me distanciar, porque São Paulo, apesar do que dizem, apesar do que eu mesmo possa dizer, é meu canto, minha casa, meu lugar.

Será que algum dia a abandonarei? Não sei, mas penso que se algum dia sair daqui, levarei essa cidade comigo, pois me confundi com ela a ponto de me sentir seguro em afirmar que "sou São Paulo".

Megalomania? Loucura?

Não. Metáfora!

Sou São Paulo. Sou contrastes. Sou confuso. Sou confusão. Multidão e solidão ao mesmo tempo. Frio e calor num mesmo dia. Quatro estações em poucas horas. Sou seu clima temperamental. Terra da garoa que virou tempestade! Quanta chuva! Minha prece: São Pedro, tenha piedade de São Paulo!

Sou São Paulo. Cresci sem muito planejamento. Dei-me conta de que sou grande, cheio de feiúra e beleza, ruído e música, concreto e jardim. Contrastes e mais contrastes... Melhor deixar pra lá.

Enfim, mais um aniversário. São Paulo, hoje é seu dia, e devo lhe confessar: quisera que todos os dias fossem seu aniversário, só pra gozar de um pouco mais de calma e escapar de sua rotina sufocante sem precisar me afastar de você...

Parabéns! Vou repetir uma, duas, três, 456 vezes...
sábado, novembro 21, 2009 | Autor: Ebenézer Teles Borges
Hoje este blog está completando dois anos de existência. Parece poucos, mas pode ser considerado um bom tempo de vida aqui, na blogosfera, onde mudanças, construções e desconstruções ocorrem o tempo todo.

Nesses 730 dias, não escrevi muito, mas consegui manter a razoável média de um artigo por semana. E, para a minha surpresa, venho recebendo em torno de cinqüenta visitas por dia! Dá para acreditar? Não sei se devo confiar nesse número... Será que nele já estão incluídas as quarenta e nove visitas que faço diariamente ao meu blog? (rs)

Para marcar esta data, resolvi "folhear" as páginas deste blog com o objetivo de resgatar dez artigos (e frases) que fazem parte da história dele. Segue a lista:

  1. O homem no Universo: "Nosso pequeno planeta não parece merecedor da importância que atribuíamos a ele e nós, pobres mortais, somos como se não fôssemos..." (30/11/2007)

  2. Reflexão sobre Cidadania: "Mas, afinal, o que 'cidadania' significa hoje? Aos meus ouvidos parece soar, acima de tudo, como 'direito a não exclusão'..." (02/12/2007)

  3. Meu Deus! 2007 Acabou! "... Esperança: certeza sempre incerta de que o amanhã nos dará o que o hoje nos negou..." (29/12/2009)

  4. Desejos... "O desejo sempre nos fala de uma ausência..." (26/02/2008)

  5. Páscoa... "...para muitos, [Jesus] é o Deus que se fez homem para dar sentido à vida dos homens e, para outros, o homem a quem fizemos Deus, para, de igual modo, dar sentido à nossa própria existência" (22/03/2008)

  6. Canção Mínima: Essa poesia de Cecília Meireles é demais! "No mistério do sem-fim equilibra-se um planeta..." (28/03/2008)

  7. Confissões confusas... : "Quando enuncio a palavra "amor", por exemplo, espero despertar em você o mesmo sentimento de afeição, ternura e profunda ligação para com o objeto amado que sinto em mim ao ouvi-la" (27/06/2008)

  8. Interpretação de textos antigos: "...a construção de sentido está diretamente relacionada ao agente, isto é, àquele que lê e interpreta. Na minha opinião, essa diversidade interpretativa deve ser encarada como algo normal, natural, comum e previsível" (18/03/2009)

  9. Hoje o tempo voa...: Mais um pouco de Cecília Meireles! "Em que espelho ficou perdida a minha face?" (15/04/2009)

  10. Parabéns para Mim! "... tenho muitos motivos para comemorar!" (16/07/2009)

É isso aí! Que venham mais textos!
quinta-feira, julho 16, 2009 | Autor: Ebenézer Teles Borges
Ninguém se deita jovem numa noite e acorda velho na manhã seguinte. Envelhecemos aos poucos. Mudanças sutis, pequenas, minúsculas, quase insignificantes e nem sempre perceptíveis vão se acumulando ao longo do tempo e transformando a criança em adulto e o novo em velho. A aritmética é simples: cada dia que passa nos deixa um dia mais velho.

Nem sempre nos damos conta do valor de um dia. Mas há um dia diferente, em que levamos um susto, pois constatamos que, de um em um, os dias se acumularam e se transformaram em ano. Hoje é esse dia para mim, o dia do susto. Completei mais um ano de vida! Estou um ano mais velho!

Susto à parte e pensando melhor, não me parece apropriado empregar a palavra "velho" a minha pessoa. Permitam-se substituí-la por "maduro". Hoje estou ficando um ano mais maduro e tenho muitos motivos para comemorar. Então vamos lá: Parabéns para mim!

Devo admitir que, na maior parte do tempo, viver tem sido bom. Aos poucos venho aprendendo a dominar a sublime arte de construir momentos felizes e de dar maior sentido ao meu existir. Hoje consigo lidar melhor com meus fracassos, bem como desfrutar com mais intensidade de minhas conquistas. Portanto, parabéns para mim!

Tenho um lugar para o qual posso retornar ao final de cada dia de trabalho. Um lugar a que chamo de "lar". Um espaço pequeno e simples, porém aconchegante e acolhedor, seguro e protetor. Gosto de nele me abrigar, de me largar, de me sentir "em casa" em minha casa. E por ter esse espaço, parabéns para mim!

Mais que ter um lar, tenho também Alguém para quem voltar. Isso faz toda a diferença... Milhões e milhões de pessoas em São Paulo! Quanta gente! ... Quem sou eu nessa multidão? Um dado estatístico? Um mero figurante? Talvez... Mas, nessa selva de pedra, construímos juntos um ninho. Temos um lar. Tenho Alguém para quem voltar e com quem seguir adiante pelos caminhos incertos da vida. Alguém que aposta em mim, sempre: na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na abundância e na escassez. Alguém para quem não sou figurante e sim o ator principal. Alguém que consegue fazer de mim um homem rico, a despeito das muitas contas que tenho a pagar. E por ter Alguém e ser de Alguém, parabéns para mim!

Meus pais ainda estão vivos. Idosos, é verdade... Acabei de visitá-los... Eles estão bem. Às vezes doentes e cansados, outras vezes bem dispostos e animados. Fizeram por mim o melhor que puderam e hoje estou aqui, tocando a vida em frente e preservando certos valores que eles souberam me transmitir. E por isso posso dizer em alto e bom tom: parabéns para mim!

Tenho irmãos e tenho amigos! Não são muitos, mas valem por muitos! Não nos vemos sempre. Contudo, mesmo na distância e na ausência, ainda estamos ligados. Preciso encontrar tempo para investir nessas amizades! Eis aí um desafio e uma meta! Parabéns para mim!

E tenho saúde - posso andar e adoro correr! Estou sem tempo para treinar, mas mesmo assim, conseguiria correr tranqüilamente dez quilômetros agora mesmo. Nos últimos dias, andei pegando uma gripe... Mesmo assim, não posso negar que tenho saúde. Estou me alimentando melhor e, nos últimos anos, até ganhei uns "quilinhos"! Portanto, parabéns para mim!

Tenho muitas perguntas sem respostas... Devo ser grato por isso também? É claro que sim. Aprendi que não são as respostas que movem o mundo e sim as perguntas. O mundo e a vida são mistérios que me fascinam. Como não perguntar? Então, por essa curiosidade sem limites, parabéns para mim!

E eu poderia ir aqui acrescentando outros tantos motivos para comemorar esse aniversário com o coração agradecido, mas vou parar por aqui, pois não quero despertar a inveja alheia (rs). Brincadeiras à parte, é hora de comemorar! Estou em casa e hoje é meu dia! Então, parabéns para mim!
quarta-feira, julho 16, 2008 | Autor: Ebenézer Teles Borges
A frase que serve de título para este texto é de autoria do poeta e filósofo espanhol Jorge Santayana.

Ainda cedo o telefone tocou e pensei: "alguém resolveu me despertar para ser o primeiro a me desejar feliz aniversário". Enganei-me. A motivação era outra: o falecimento de minha avó, uma pessoa simples, desconhecida por muitos, insignificante para a maioria. Alguém que viveu uma vida comum entre comuns, sem destaque, sem holofotes. Passei parte do dia ao lado de minha mãe, para quem minha avó não era comum - era especial. E enquanto as horas avançavam em lenta agonia, entre suspiros e saudades, refletia sobre a brevidade da vida e não encontrava motivos para comemorar mais um aniversário.

Por ter nascido neste dia (16 de julho), é até natural que eu tenha guardado em memória alguns fatos que aniversariam comigo. Hoje, contudo, constatei uma infeliz coincidência e resolvi relatá-la abaixo, organizada numa seqüencia semanal.

Domingo: 16 de julho de 1950. Maracanã cheio. Final da Copa do Mundo. Um gol aos 34 minutos do segundo tempo fez o Uruguai sorrir e o Brasil inteiro chorar...

Segunda: 16 de julho de 1979. Saddan Hussein assume o governo do Iraque...

Terça: 16 de julho de 1945. Explode a primeira bomba atômica, num campo de testes próximo a Los Alamos, no Novo México (USA). Essa bomba se chamava "Trinity" ou Trindade. No mês seguinte, duas delas foram lançada sobre o Japão e assustaram o mundo.

Quarta: 16 de julho de 2008. Hoje. Morre minha avó!

Quinta: 16 de julho de 1556. Essa história é curiosa: Morre o primeiro bispo do Brasil, Dom Pero Fernandes Sardinha, conhecido por sua impaciência e rigidez no trato com os nativos. O navio em que se encontrava naufragou na costa do atual estado das Alagoas. Com muito esforço, o bisco de compleição roliça conseguiu chegar à praia. Mas o pior o aguardava. Os índios Caetés o esperavam e reservavam para ele um lugar especial, "pertinho do coração". Assim termina a história do primeiro bispo do Brasil: no estômago dos índios Caetés.

Sexta: 16 de julho de 622. Maomé foge de Meca para Medica, escapando de tribos politeístas que queriam matá-lo por sua crença na existência de um Deus único. Essa data marca o início do calendário muçulmano.

Sábado: Já ouvi essa história um monte de vezes. Hoje eu a ouvi outra vez. Meus pais não se cansam de contá-la. Foi na madrugada de sexta para sábado, por volta das 5:30h da manhã, que eu soltei o primeiro berro. Enquanto eles sorriam eu chorava... Não me lembro desse dia. Eu era pequeno demais reter esse fato em memória. Desde então, muita coisa mudou. Mas há algo que permanece comigo: ainda me sinto pequeno - impotente diante dos mistérios da vida.

Compartilho com todos a música de Erasmo e Roberto Carlos "Sou Uma Criança Não Entendo Nada". Cantem comigo:

Antigamente, quando eu me excedia
Ou fazia alguma coisa errada
Naturalmente, minha mãe dizia:
- Ele é uma criança, não entende nada
Por dentro, eu ria satisfeito e mudo
Eu era um homem, entendia tudo

Hoje, só, com os meus problemas
Rezo muito, mas eu não me iludo
Sempre me dizem, quando eu fico sério:
- Ele é um homem e entende tudo
Por dentro, com a alma atarantada
Sou uma criança, não entendo nada
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