domingo, setembro 05, 2010 |
Autor: Ebenézer Teles Borges

Bem, continuo correndo. Pouco, é verdade. Falta-me tempo... Descobri que meu tempo não é meu, por mais contraditória que essa afirmação possa ser ou parecer. Ando afogado na correria desenfreada de Sampa. É a velha luta pela sobrevivência, para pagar a elevada conta que nos é cobrada por vivermos numa sociedade consumista, reificada pela cultura capitalista na qual estamos inseridos e da qual somos cria. Coisa de louco! Labirinto sem saída! Sempre de olho no relógio, no esforço hercúleo para não perder a hora... Esse ritmo acelerado, desenfreado e, às vezes, sem nexo, vai minando-me aos pouco: suga-me as forças, subrai-me o ânimo, furta-me o precioso tempo e, sem tempo, não há como correr... Opa! E olha eu aqui, novamente, falando em tempo, ou da falta dele... Hoje está difícil mudar de assunto!
Mas não voltei a esse blog, depois de dias ausente dele, para o transformar em palco de lamentações pela falta de tempo. Não quero, aqui, dar vulto às queixas, nutrir os ais ou ressaltar as agruras da vida. Otimismo!!! Portanto, quero destacar aqui o fato de ainda conseguir correr, a despeito da falta de tempo. Corro o que me é possível nas circunstâncias atuais. Corro por prazer e também por teimosia, no esforço quase vão de resgatar, para mim, parte do "meu tempo", que não é meu.
No mês de agosto foram apenas 61 quilômetros, mas setembro está aí, com um feriado, reacendendo em mim a esperança obstinada de que meu volume de treino volte a subir.
O gráfico abaixo comprova que, neste ano (barras azuis), estou correndo menos que no ano passado. Será que consigo reverter esse cenário?

Categoria:
corrida de rua,
tempo,
vida
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1 comentários:
De volta?
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