domingo, abril 04, 2010 |
Autor: Ebenézer Teles Borges
No texto publicado anteriormente (clique aqui para lê-lo), registrei minhas impressões a respeito da leitura do livro "Deus Existe" de Antony Flew. Transcrevo abaixo algumas palavras do próprio autor, extraídas do último capítulo dessa obra.A ciência, como ciência, não pode fornecer um argumento a favor de Deus, mas as três peças de evidências que analisamos nesse livro – as leis da natureza, a vida como uma organização teleológica e a existência do universo – só podem ser explicados à luz de uma Inteligência que explica tanto sua própria existência, como a existência do mundo. A descoberta do Divino não vem através de experimentos e equações, mas por uma compreensão das estruturas que eles revelam e mapeiam.
Agora, tudo isso pode parecer abstrato e impessoal. Alguém pode perguntar como eu, como pessoa, reajo a essa descoberta de uma suprema Realidade que é um Espírito onipresente e onisciente. Volto a dizer que minha jornada para a descoberta do Divino tem sido, até aqui, uma peregrinação da razão. Segui o argumento até onde ele me levou, e ele me levou a aceitar a existência de um Ser auto-existente, imutável, imaterial, onipresente e onisciente...
Para onde irei agora? Em primeiro lugar, estou inteiramente disposto a aprender mais sobre a divina Realidade, especialmente à luz do que sabemos sobre a história da natureza. Em segundo lugar, a questão sobre se o Divino se revela na história humana continua sendo um válido tópico de discussão. Não podemos limitar as possibilidades da onipotência, apenas excluir o que for logicamente impossível. Tudo o mais é aceitável à onipotência. [1]
Referência
[1] – Deus Existe, páginas 144 e 145.


2 comentários:
A princípio senti muita vontade de ler este livro, mas confesso que a frase logo após o título tirou a minha empolgação:
"As provas incontestáveis..."
Quando o assunto é a existência de Deus, as palavras "prova" e "incontestável" não caem muito bem.
Pois é: deus existindo e não sendo pessoal, como o cristionismo o apresenta, não faz muita diferença para deus inexistente. O homem quer continuar vivendo e para tal é mister a existência de um deus pessoal e extremamente cuidadoso.
Lerei o livro pelo fato de ser uma dica sua.
Enéias