segunda-feira, fevereiro 25, 2008 | Autor: Ebenézer Teles Borges
Você certamente já ouviu falar em "evangelho", ou conhece alguém que se declare membro de alguma igreja "evangélica". Talvez você mesmo seja um "evangélico". A questão é: você sabe qual é o significado dessa palavrinha que está na moda?

Significa "boa nova" ou "boa notícia". A nossa palavra "evangelho" tem sua origem no grego "euaggelion" que, literalmente, quer dizer "bom anjo" ou "bom mensageiro". Ora, é natural supor que um bom anjo ou um bom mensageiro sempre nos traga boa notícia ou boa nova. Atualmente, essa palavra mantém estreita ligação com a fé cristã reformada no século XVI, contudo, gostaria de desvinculá-la desse contexto e resgatar-lhe o significado etimológico original e puro, isto é, "boa nova", "boa notícia", simplesmente.

A boa notícia é que voltei a correr. Foram sete longos meses de recuperação, durante os quais até ousei treinar um pouco - e esse pouco me custou muito!

Tudo começou uma semana após a Maratona de São Paulo, ocorrida no primeiro domingo de junho de 2007. Era meu primeiro treino após esse evento e as duas panturrilhas resolveram reclamar. E reclamaram até o final de outubro. Aí foi a vez do tendão de Aquiles, o esquerdo, causar-me problema. Ficou inflamado até meados de janeiro/2008. De lá pra cá alívio, desconfiança e uma dorzinha chata localizada sob o calcanhar esquerdo, que incomoda um pouco, mas não me impede de correr.

Ontem, após algumas semanas de treinos curtos e lentos, matei a saudade do Ibirapuera. Foram 10 km percorridos em quase 52 minutos. Terminei cansado, ou melhor, "acabado", mas, ainda assim, eufórico. Isto mesmo: eufórico, entusiasmado, animado!

"Euforia" é um grande entusiasmo, uma alegria exagerada, um bem-estar físico que nem sempre corresponde ao estado físico objetivo. "Euforia" expressa muito bem o meu estado após esse treino de 10 km ontem: psicologicamente bem, inteiro; fisicamente, nem tanto.

Em tempo, "euforia" e "evangelho" (duas palavras usadas e abusadas neste texto) possuem algo em comum. Você sabe o que é?

Resposta: uma ligação etimológica com o prefixo grego "eu", que significa "bom". Observe:

1. "eu + angellion" (evangelho) = bom + anjo, mensageiro = boa nova ou boa notícia;
2. "eu + phoria" (euforia) = bom + tolerar, suportar = boa capacidade (ou força) para suportar ou tolerar com facilidade. Algo como bom humor, mesmo em situação desfavorável.

Resumindo, este é o meu "evangelho eufórico": tênis no pé, freqüencímetro no peito, cabeça fresca e coração explodindo de emoção – estou de volta ao mundo maravilhoso das corridas de rua.
sábado, fevereiro 16, 2008 | Autor: Ebenézer Teles Borges
Após vinte dias de "abandono", voltei a dar atenção a este blog que, agora, passa a ter novo visual. Essa mudança é bem-vinda. Mudar é preciso! Melhor ainda quando as opções são variadas e o custo é zero (ou quase zero).

Mudar a aparência do blog até que é fácil. Difícil mesmo é mantê-lo atualizado com conteúdo consistente e coerente. Nos últimos dias até que tentei rascunhar alguns textos, mas não consegui ir além disso, de modo que eles permanecem inacabados, à espera de revisões e melhorias. Diante dessa dificuldade em lidar com a essência, investi na aparência, isto é, no visual. Eu gostei. Espero que gostem também.

Seguem algumas dicas para aqueles que desejam dar uma "maquiada" (ou renovada) na aparência de seus blogs.

1. Consulte sempre os sites especializados. Vou sugerir apenas um, a partir do qual outros poderão ser localizados. No site "Sobre Sites" você encontrará informações valiosas sobre opções de hospedagem, contadores de acesso, ferramentas de apoio e muito mais. Acesse pelo link http://www.sobresites.com/blog/index.htm.

2. Dê uma olhada nos templates gratuitos disponíveis na WEB. As opções de layout oferecidas pelo Blogspot (onde meu blog está hospedado) são limitadas. Use o Google (ou outro mecanismo de busca de sua preferência) para localizar "templates para blogger" ou "templates para blogspot". A quantidade de opções é imensa. Para facilitar sua vida, recomendo-lhe dois bons links:

a. Blogspot Template – Aqui você encontrará uma vasta opção de templates disponíveis (Link: http://www.blogspottemplate.com/)

b. Final Sense – Este site disponibiliza dezenas de templates de alta qualidade. Foi nele que encontrei este que "veste" agora o meu blog. (Link: http://finalsense.com/services/blogs_templates.html)

3. Faça Backup – Por segurança, não saia alterando o layout de seu blog sem antes fazer uma cópia que possa ser usada para restauração, caso algo dê errado. Eu recomendo um cuidado a mais: crie outro blog (você pode ter mais de um blog no blogspot) e use-o como "projeto piloto". Se gostar do resultado, aplique o template ao site oficial.

É isso aí. Boa sorte!
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domingo, janeiro 27, 2008 | Autor: Ebenézer Teles Borges
Um vídeo sobre o sentido da vida, baseado no livro "Anônimo Incógnito". É "dedicado àqueles que encontram um sentido na vida toda vez que coçam o nariz de um amigo sem braço..."

Duração: 3 minutos e 51 segundo.


Fonte: Youtube - http://www.youtube.com/watch?v=fgMRTxS9Wfg
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sexta-feira, janeiro 25, 2008 | Autor: Ebenézer Teles Borges
A noite passa soturna e fria enquanto a cidade (São Paulo) comemora 454 anos de existência. Aqui, em meu mundinho periférico, as horas se vão, em vão. Morrem em lenta agonia. O tempo se arrasta. O sono não vem. Para onde terá ido? Talvez à Paulista ou ao Mercado Municipal comemorar, por lá, o aniversário da cidade. Foi sem me avisar e, em meio aos festejos, esqueceu-se de voltar. Insônia... Ouço, agora, o primeiro cantar do galo anunciando as luzes do arrebol. Noto que, aos poucos, esse canto é abafado pelo ruído da cidade, que ganha vulto, se agiganta e passa a incomodar. As estrelas, que há pouco brilhavam, tornaram-se pálidas e do céu fugiram. Cederam lugar às aves que ruflam as asas e voam e bailam e cantam e encantam e saúdam o novo dia que nasce e floresce.

"Sampa" comemora e me presenteia com um feriado. Por esse presente esperei inquieto e, agora, diante dele, me aquieto. Degusto-lhe as primeiras horas como se estivesse saboreando algo inteiramente novo, de sabor misterioso. Mistérios me fascinam e emudecem. Calado me ponho a ouvir-lhe a voz, em minha mente, na forma de pensamentos que fluem livremente, qual rio de montanha: ruidoso e firme, sinuoso e bravo, em forma de corredeiras e cascatas, na busca de um caminho que conduza ao repouso, ao mar.

Penso...

Os caminhos da vida são misteriosos... Eles nem sempre são curtos, fáceis prazerosos e seguros. Tendem a ser uma trilha marcada pela insegurança: Surpresas e sustos, admiração e espanto, prazer e pesar. Um avançar constante rumo ao desconhecido, que nos espreita com olhos curiosos, ora compassivos, ora ameaçadores.

Os caminhos da vida são marcados pela incerteza... E nessa incerteza reside boa parte de sua beleza. Afirmação contraditória essa! Mas, se o caminho fosse reto, sem curvas, previsível; se tudo se desse tal e qual planejado; se não houvesse imprevistos e riscos, não sei se valeria a pena trilhá-lo... Talvez a experiência de vida seria por demais restrita: seqüência monótona e enfadonha, rotina maçante e sem viço, solo pobre e impróprio para semear e cultivar a criatividade.

Os caminhos da vida são tortuosos... São rios de montanha que se movem como serpentes: cheios de curvas, retorcidos, coleantes (a vida não corre em trilhos, como os trens). E é aí que residem sua beleza e glória, sua poesia e música, sua dor e delícia, seu prazer e sua aflição: uma surpresa aqui, contrapondo-se a um susto acolá.

Os caminhos da vida... É preciso aprender a percorrê-los, fluir nesse rio de maneira responsável. Ser responsável é mais que cumprir compromissos e obrigações. É ser capaz de "responder" prontamente aos desafios da vida.

E a noite se foi e o dia está indo. Nuvens cinzas e garoa marcam o aniversário de São Paulo. Feriado! Planos traçados aos quais o rio da vida não se deixa submeter. Surpresa (ou melhor, susto): vou para o trabalho. Os caminhos da vida são assim: misteriosos, incertos, tortuosos - rio de montanha. Neste feriado, esperava remanso, e ele se me apresentou na forma de cachoeira... Adeus feriado!

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sábado, janeiro 19, 2008 | Autor: Ebenézer Teles Borges
Se você está a fim de rir um pouco, assista ao vídeo abaixo. Marco Luque é hilário ao interpreta o motoboy "Jackson Five". Pena que só dure três minutos...


Fonte: http://br.youtube.com/watch?v=20aByx59uY8
sexta-feira, janeiro 18, 2008 | Autor: Ebenézer Teles Borges
O que você enxerga na figura ao lado? Qual é a "verdade" que ela encerra? Vou responder, mas não agora. Antes, quero tecer alguns comentários sobre um e-mail que recebi hoje, de viés religioso, que discorria sobre o tema desse artigo. O assunto "verdade" sempre desperta em mim grande interesse e, desta vez, me motiva a escrever e postar aqui minha opinião a respeito. Sei, de antemão, que estou adentrando num labirinto do qual, muito provavelmente, sairei do jeito que entrei, isto é, sem saber ao certo por onde andei. Afinal, o que é a verdade? E o que é verdade progressiva?

Há muito venho procurando por uma resposta satisfatória. Reconheço, até aqui, a minha frustração. Disseram-me, algures, que "não existem respostas, apenas escolhas". Se assim for, então cada um poderá escolher sua própria verdade. Grupos de pessoas poderão eleger para si a verdade que lhes seja mais apropriada ou conveniente entre as tantas que existem, por exemplo: a verdade dos católicos, a dos evangélicos, a dos espíritas, a dos muçulmanos e por aí vai. Mas ao concluir dessa forma não estaria eu a confundir "verdade" com a "crença de algo é verdade"?

Crer que algo é verdade não torna esse algo em verdade. Há consenso quanto a essa afirmação. Posso crer, por exemplo, que a Lua seja feita de queijo, porém, o que a Lua é independe de minha crença pessoal. O mundo inteiro pode acreditar que a Lua seja um enorme queijo suíço, mas essa crença, ainda que se torne popular e universal, não mudará a natureza da Lua. A crença não legisla sobre a verdade.

Durante séculos a humanidade foi acumulando informações sobre o planeja Júpiter. Quando, porém, Galileu o observou através de uma luneta, enxergou algo inusitado: quatro luas até então desconhecidas. A verdade a respeito do planeja Júpiter foi acrescida de novos ingredientes. A isso damos o nome de "verdade progressiva". Galileu não inventou esses quatro satélites. Eles sempre estiveram lá. Nós é que não os enxergávamos, por pura limitação de nosso aparato visual. Com o advento do telescópio, nosso campo visual foi ampliado e passamos a enxergar o que antes não víamos – repetindo: verdade progressiva!

Imaginemos agora uma situação absurda: vamos supor que, ao tentar observar Júpiter pelo telescópio, Galileu constatasse que ele nunca existiu, que se tratava apenas de uma ilusão de ótica (estou realmente forçando a barra neste exemplo). Nesse caso, sua descoberta não deveria ser tomada como uma verdade progressiva, pois teria feito ruir tudo que se julgava saber sobre Júpiter. Restar-nos-ia a atitude humilde e honesta de substituir o que se constatou ser falso pela nova verdade descoberta, a de que Júpiter seria apenas uma ilusão visual.

Ao avançar para o campo religioso em busca do entendimento de "verdade" e "verdade progressiva", o cenário se torna por demais nebuloso. Aqui nada é concreto e tangível como a Lua ou o planeta Júpiter. Mudam-se os referenciais e a terminologia. Fala-se de profecias, doutrinas, dogmas, milagres. Usam-se palavras impregnadas de sentidos dúbios como: reino de Deus, pecado, redenção, (re)encarnação, arrebatamento, apostasia, Babilônia, céu, inferno, purgatório e tantas outras. Termos subjetivos, diáfanos, etéreos, vagos, que, para muitos, não significam absolutamente nada, ao passo que, para outros, constituem-se em questão de vida ou morte... Afinal, do que estamos falando? De verdades ou de crenças? - verdades progressivas ou crenças progressivas?

Vou emitir meu parecer: Não aprecio a expressão "verdades religiosas". Prefiro substituí-la por "crenças religiosas". A meu ver, essa simples substituição de uma palavra provoca um impacto significativo, porque "crenças", no contexto religioso, não exigem provas racionais, e sim fé.

Reli, recentemente, o livro "Teologia da Crise" de Emil Bunner.
Emil Brunner foi um dos maiores teólogos do século XX, ligado à Igreja Reformada Suíça. Ao falar sobre "Deus" ele assim se expressa: "A fé apenas pode provar a realidade de Deus porque Deus não pode ser reconhecido pela razão teórica, mas deve ser compreendido por um ato de decisão" (pág. 69).
A palavra "decidir" em sua origem etimológica significa "separar cortando", "eliminar alternativas"[1], o que nos conduz de volta ao que já foi citado anteriormente: "não existem respostas, apenas escolhas", apenas decisões. Uns escolhem crer em Maomé, outros em Buda, outros em Jesus. Dos que crêem em Jesus e na Bíblia, alguns decidem aceitar como fidedignos os milagres realizados por Nossa Senhora de Lourdes, nos quais outros tantos preferem não acreditar.

Essas "crenças religiosas" não estão estagnadas, e sim em constante evolução. A sociedade muda, trazendo à baila novas necessidades e situações que exigem novas reações e novas crenças. Fala-se muito hoje, por exemplo, em "prosperidade". Basta ligar a TV num programa evangélico para constatar o que digo. Parece-me que Deus, aos poucos, vai deixando de ser o Senhor e passa a ser um "escravo" dos crentes e de suas ambições materiais. Pouco se fala em um céu distante e futuro. O céu é aqui e agora. Verdade progressiva? Não me parece que seja. Crença progressiva? Pode ser...


Sobre a figura: A parte mais escura, à esquerda, delineia um homem narigudo, de perfil, tocando saxofone; na parte clara, à direita, vê-se o rosto de uma mulher. Mas, sinta-se à vontade para tentar enxergar o que quiser, por exemplo: o homem pode não estar tocando saxofone, e sim fumando um cachimbo...



Referências Bibliográficas

[1] Palavra "decidir" – Dicionário Houaiss -
http://houaiss.uol.com.br/busca.jhtm?verbete=decidir&stype=k

quinta-feira, janeiro 17, 2008 | Autor: Ebenézer Teles Borges
2008 mal começou e já não se fala mais em "ano novo". Isso é típico dos tempos modernos, de renovação constante e instantânea, nos quais o novo já nasce enrugado, o moderno com feições antigas e o recente com aspecto retrógrado. Tudo muda o tempo todo e em tal velocidade que surpreende os que conseguem parar e pensar a respeito. Paro pra pensar e constato que o "ano novo", apesar dos poucos dias de existência, não é mais novo, é velho. Precisa de renovação.

Em meio a mudanças tão freqüentes e rápidas, sinto-me dominado por um profundo sentimento de inadequação. Estou ficando para trás. Sinto-me como se não fosse ágil o bastante para acompanhar o ritmo frenético dessa metamorfose sem fim. Por mais que tente me manter no presente, me dou conta de que já fui empurrado para o passado. Tal qual 2008, deixei de ser "novo" e a cada instante me torno mais obsoleto e ultrapassado. Portanto, preciso também de renovação, urgente, a começar pela cabeça.

Minha cabeça é palco de constantes mudanças. Pasmo ao observá-la: cabelos caducam e caem, cedendo lugar a lembranças que nascem e crescem com pujança e rapidez. Lembranças são cabelos que crescem para dentro! Minha cabeça está infestada desse tipo sinistro de cabelo que anuvia a visão. São lembranças que evocam saudades de tempos distantes, nos quais o relógio contava as horas sem pressa e os anos demoravam a passar. Lembranças daqueles tempos em que eu não usava relógio, nem possuía agenda: orientava-me pela voz imperativa da mãe; pelo jogo de luz e sombra que demarcavam a aurora e o crepúsculo, os dias e as noites; pelos fins de semana (em especial o sábado) nos quais a dança dos dias se alterava... Notas substituídas por pausas... E, assim, sem estresse e sem pressa, era registrada, na partitura da vida, a melodia suave e lenta de um viver tranqüilo e saudável.

Falando desse modo, até parece que o passado foi colorido e perfeito e contrasta com um presente sem cor e sem sabor. Mas, é esta uma conclusão digna de crédito? Penso que não. Trata-se, na verdade, de uma distorção, de efeitos (ou defeitos) especiais elaborados com maestria e primor por uma cabeça que realmente precisa de renovação: a minha.

O passado foi bom, não nego, mas não tanto quanto se afigura em tais lembranças ébrias de saudade, embriagadas pelo forte álcool da nostalgia. O passado foi bom na medida em que serviu de base para o hoje, mas pode se tornar pernicioso quando, na forma de lembranças romantizadas, substitui o presente – dádiva divina a ser apreciada com lucidez, sabedoria, presença de espírito e gratidão.

É curiosa a forma como minha cabeça funciona: oscila sempre entre lembranças do passado e inquietações quanto ao futuro. Move-se constantemente da história para a ficção. Descola-se, com extrema naturalidade, do que já morreu para o que ainda não nasceu. Está sempre ausente do presente... Definitivamente, tal cabeça precisa de re-no-va-ção!

Por isso, estabeleço aqui uma meta para 2008: Cuidar melhor de minha cabeça! Como? De duas maneiras: Tentarei (1) evitar a queda de cabelos e (2) impedir que as lembranças se alastrem.

Difícil missão! Meta ambiciosa! Desejo a mim mesmo boa sorte!



Referências Bibliográficas:

Imagem:
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqceYILLvw1vXzJ0wdcrQT9CvvdcJoUB_W1xvTI6dQblpYjWvwumFd_ZiiHN2W6ccc8I1w6ZZGIXNCsVIoC4s4B4JumffWNpiQpDd5JDzIpApXGyLEbTzarvWYbXo9MWNrdoeOqeQkIGkp/s1600-h/vv.jpg
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