terça-feira, junho 17, 2008 |
Autor: Ebenézer Teles Borges
Acabei de ler a poesia inquietante "Eu Acreditava em Papai Noel" publicada no blog "Convictos ou Alienados". Penso que tenha captado a intenção do autor e entendido a mensagem que ele se propôs a passar. Mesmo assim, resolvi me fazer de néscio e sair em defesa do Bom Velhinho. Por isso afirmo em alto e bom tom: Eu acredito em Papai Noel!
Acredito, sim! É verdade, não nego. Acho até que, de certo modo, ele é mais real que eu. Quantas pessoas me conhecem? Quantas sabem que eu existo? Mas a despeito da ignorância de muitos, eu existo, sim. Isto é, penso que existo – Penso, logo existo!
E se eu – esse tão desconhecido – existo, o que dizer do popular Papai Noel? Todos sabem até mesmo onde ele mora: num lugar encantado, mágico, lá no longínquo Pólo Norte. Nunca estive lá e não o conheço pessoalmente, mas desconfio que seria capaz de reconhecê-lo, se os destinos nos fizessem cruzar o mesmo caminho.
Uma das coisas que mais aprecio no Papai Noel é que ele nunca muda. Hoje vivemos num mundo tão descartável! Tudo muda o tempo todo! Mas com o Papai Noel é diferente. Ele é o mesmo ontem, hoje e amanhã. Desde que o conheci, nada mudou: o mesmo uniforme vermelho, a mesma barba branca, a mesma barriga saliente, a mesma risada inconfundível – hou,hou,hou!
Daqui a uns cem anos eu certamente não estarei mais aqui. A vida é curta, efêmera, fugaz. Tentando ser poético, eu diria: "quando penso que sou, fui". Mas imagino que nos próximos cem anos (quem viver, verá) o Bom Velhinho ainda estará por aqui, vivo e imutável no imaginário infantil, presente e atuante nas propagandas e festividades natalinas.
Diante de tantas evidências, não consigo entender por que alguns céticos teimam em duvidar da existência do Papai Noel!
Mas, sendo honesto, devo confessar que algo mudou em mim. O encanto se foi. A magia se perdeu. Que pena... É como se tivesse sido despertado de um sonho encantado, um sonho do qual sinto saudades. O que aconteceu? A responsta é simples: Deixei de ser menino. Virei adulto. Tenho muitas contas pra pagar e pouco tempo pra sonhar. Conseqüentemente, o Papai Noel foi ficando cada vez mais distante...
Constatei, por fim e para meu desencanto, que o Papai Noel existe numa dimensão diferente desta em que vivo, estudo, trabalho, sofro e sonho. Lá, nessa dimensão distante e especial, ele é muito poderoso: conhece todas as crianças do mundo; é capaz de responder às orações, ou melhor, às cartinhas daquelas que nele acreditam; é veloz o bastante para circundar o planeta nas noites de Natal, distribuindo presentes, e por aí vai. Que velhinho poderoso e cativante! Adoro o Papai Noel. Bom seria se ele pudesse se mudar desse plano literário-folclórico em que existe e viesse para a dimensão material-humana na qual estou.
Seria possível essa mudança de dimensão?
Acho difícil. Talvez impossível. Mas nem por isso ouso negar a existência do Papai Noel. Sei que ele está lá, em algum lugar, nas historinhas infantis, no folclore natalino, nas lembranças empoeiradas que preservo de minha infância distante e feliz, no coração de milhares de crianças que continuam a escrever-lhe cartinhas impregnadas de amor e esperança...
Eu ainda acredito em Papai Noel!
Acredito, sim! É verdade, não nego. Acho até que, de certo modo, ele é mais real que eu. Quantas pessoas me conhecem? Quantas sabem que eu existo? Mas a despeito da ignorância de muitos, eu existo, sim. Isto é, penso que existo – Penso, logo existo!
E se eu – esse tão desconhecido – existo, o que dizer do popular Papai Noel? Todos sabem até mesmo onde ele mora: num lugar encantado, mágico, lá no longínquo Pólo Norte. Nunca estive lá e não o conheço pessoalmente, mas desconfio que seria capaz de reconhecê-lo, se os destinos nos fizessem cruzar o mesmo caminho.
Uma das coisas que mais aprecio no Papai Noel é que ele nunca muda. Hoje vivemos num mundo tão descartável! Tudo muda o tempo todo! Mas com o Papai Noel é diferente. Ele é o mesmo ontem, hoje e amanhã. Desde que o conheci, nada mudou: o mesmo uniforme vermelho, a mesma barba branca, a mesma barriga saliente, a mesma risada inconfundível – hou,hou,hou!
Daqui a uns cem anos eu certamente não estarei mais aqui. A vida é curta, efêmera, fugaz. Tentando ser poético, eu diria: "quando penso que sou, fui". Mas imagino que nos próximos cem anos (quem viver, verá) o Bom Velhinho ainda estará por aqui, vivo e imutável no imaginário infantil, presente e atuante nas propagandas e festividades natalinas.
Diante de tantas evidências, não consigo entender por que alguns céticos teimam em duvidar da existência do Papai Noel!
Mas, sendo honesto, devo confessar que algo mudou em mim. O encanto se foi. A magia se perdeu. Que pena... É como se tivesse sido despertado de um sonho encantado, um sonho do qual sinto saudades. O que aconteceu? A responsta é simples: Deixei de ser menino. Virei adulto. Tenho muitas contas pra pagar e pouco tempo pra sonhar. Conseqüentemente, o Papai Noel foi ficando cada vez mais distante...
Constatei, por fim e para meu desencanto, que o Papai Noel existe numa dimensão diferente desta em que vivo, estudo, trabalho, sofro e sonho. Lá, nessa dimensão distante e especial, ele é muito poderoso: conhece todas as crianças do mundo; é capaz de responder às orações, ou melhor, às cartinhas daquelas que nele acreditam; é veloz o bastante para circundar o planeta nas noites de Natal, distribuindo presentes, e por aí vai. Que velhinho poderoso e cativante! Adoro o Papai Noel. Bom seria se ele pudesse se mudar desse plano literário-folclórico em que existe e viesse para a dimensão material-humana na qual estou.
Seria possível essa mudança de dimensão?
Acho difícil. Talvez impossível. Mas nem por isso ouso negar a existência do Papai Noel. Sei que ele está lá, em algum lugar, nas historinhas infantis, no folclore natalino, nas lembranças empoeiradas que preservo de minha infância distante e feliz, no coração de milhares de crianças que continuam a escrever-lhe cartinhas impregnadas de amor e esperança...
Eu ainda acredito em Papai Noel!
4 comentários:
that's way too cool.
A mágica acabou?!?!
Não diga isso!
Eu conheço um monte delas para te fazer.
P.S.:
Gente, que é esse gringo "free lotto" que insiste em colocar seus comentários genéricos em inglês. Isto está me parecendo alguém tentando divulgar o site http://www.pcsolotto.com/.
Que cara chato!!!
Muito bom. Sutil e gostoso de ler.
Parabéns!
Ebenézer,
Obviamente eu não acredito mais no Papai Noel, mas o vejo a cada Natal. Como isso é possível?
Acho interessante como lembranças de imaginações passadas se recusam a abandonar em nossa mente o espaço reservado ao saudosismo.
Hou, hou, hou, a lembrança do Papai Noel chegou!
Adoro essas lembranças.